terça-feira, 8 de outubro de 2013

" 18 é Pouco "


Olhei o comercial da campanha '18 é pouco' e mexeu muito comigo. Tudo que envolve jovens e acidente me traz muitas lembranças, infelizmente nem sempre boas. Porém, a intensidade dessa campanha é muito maior porque '18 é pouco' mostra o nosso triste cenário com tantas mortes de jovens, vidas que se vão num piscar de olhos.
O vídeo abaixo acabou comigo e me deixou em lágrimas na cena do celular quebrado em meio ao acidente tocando e na tela escrito mãe.
 
 

Fica abaixo o depoimento de Diza Gonzaga, mãe do Thiago de Moraes Gonzaga que morreu em um acidente de carro aos 18 anos, ela é Presidente de uma fundação que leva o nome do seu filho, onde luta para mudar as leis brandas e tenta diminuir esse índice de mortalidade no trânsito que acompanhamos no cotidiano.

''Quanto tempo dura a vida? Há quem morra sem ter vivido. Há os que a experimentam aos goles e os que mergulham na experiência de estar aqui por um curto período, como meu filho Thiago.

Uma vida inteira teria sido pouco para ele, que, com 18 anos, foi borboletear longe de nós. Mas sua existência vai além do acidente de carro que o levou na madrugada fria de 20 de maio de 1995.

Aos 18 anos ele já sabia estudar. Já sabia escolher. Já sabia amar. Já experimentava ser livre. Assim que nasceu, foi convidado a viajar. Convidado a participar.

Quando nasceu o adulto, o Thiago nem era tão adulto assim… Ainda tinha muito a aprender. Teria a vida inteira pela frente. Mas assim que nasceu, um acidente o levou… E a vida acabou no começo.

18 é pouco para viver. A Fundação Thiago de Moraes Gonzaga nasceu de uma vida interrompida aos 18 anos. Trabalha há 18 anos para que vidas não sejam interrompidas e para mudar o fim de muitas histórias.

18 é muito… Nesses anos contribuímos, estimulamos e vimos muitas mudanças acontecerem: a aprovação do Novo Código de Trânsito; o uso do cinto de segurança; a obrigatoriedade da cadeirinha para o transporte seguro das crianças e do uso do capacete para os motociclistas e a proibição do consumo de álcool para quem vai dirigir. Mas, mais do que nas leis, contribuímos para despertar a consciência e o engajamento de milhares de jovens e adultos que cerram fileiras como voluntários da causa do Vida Urgente.

Mas temos muito a conquistar. Os números do trânsito ainda são de guerra, e o Brasil está entre os países mais violentos e que mais matam no trânsito do mundo.

Agora, ao completarmos 18 anos, precisamos mais do que nunca de você para continuarmos sendo Vida Urgente. Precisamos redobrar nossos esforços, pois a violência no trânsito não tem dado trégua e é a principal causa de morte de jovens em nosso país.

Por tudo isso, eu te convido, nos ajude a manter esse “exército” que salva vidas e juntos vamos construir um Brasil mais fraterno e um futuro no qual os nossos filhos tenham o direito de ir e vir, sem que isso signifique ficar no meio do caminho.

Vem com a gente www.18epouco.com.br! Vida Urgente, porque a vida é tudo!''

Fonte: Diza Gonzaga /Presidente da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga/Publicado originalmente em Zero Hora.

 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

"Vivendo Mais!"



Oi amigos,

 

Como vocês sabem, não estou escrevendo com muita frequência, mas não abandonei o blog.... hehehe

 

Hoje pela manhã, quando estava aguardando para fazer fisioterapia ao lado de outra menina na cadeira de rodas, se aproximou uma senhora e comentou: - Nossa! Duas meninas novinhas na cadeira de rodas... E continuou... Eu tenho um irmão que é cadeirante há 44 anos por causa de um acidente.

 

Ela falou isso com certa tristeza em seu tom de voz, talvez pelas lembranças tristes do acidente, eu não sei o contexto da história de seu irmão, mas eu já levei para outro lado, fiquei super feliz em saber que cadeirante vive bastante, não pense que sou louca, vou explicar o porquê disso. Hehehe

 

Quando eu sofri o acidente, isso a 7 anos atrás, eu estava internada e bem debilitada, ainda me adaptando aquela nova rotina, mas é tudo muito estranho, novo, e o desconhecido nos da muito medo, porque não sabemos o que vai ser dali em diante.

Uma enfermeira “muito gentil” vendo todo o meu sofrimento e da minha família, se aproximou da minha mãe e disse pra ela não se preocupa que eu não ia sofrer muito, pois pessoas na minha condição não viviam muito tempo.

 

Minha mãe ficou chocada e eu mais ainda... Seria cômico se não fosse trágico... Porém hoje a gente ri e sabe que ela se refere dos cuidados que temos que ter, que não são tão simples, mas não é uma coisa que se fale, e não dessa maneira.
Eu quero viver bem, e viver muito ainda!

 

Voltando para aquela senhora, por mais que seja triste o que aconteceu com o irmão dela, pois ninguém fica feliz quando alguém que amamos se machuca ou sofre, mas ela o tem ao lado dela há 44 anos, ela poderia dizer que faz todo esse tempo que perdeu o irmão. Seria horrível.

 

É questão de ponto de vista, e esse é o meu!

 

Qual é o de vocês?

 

Beijão