quinta-feira, 14 de junho de 2012

"Pérolas da vida"


Olá a todos,



Hoje vou compartilhar com vocês uma experiência que tive em janeiro desse ano. Eu estava com a unha do pé inflamada e fiquei muito preocupada, pois por causa da paraplegia eu não tenho sensibilidade nos membros inferiores. Fui à enfermaria da Feevale e lá me orientaram a ir a um hospital. Chegando ao hospital passei por todo o procedimento de triagem e fiquei na recepção aguardando atendimento, quando fui chamada expliquei para o médico o motivo que me levou lá, enfim, que eu estava com uma inflamação na unha do pé, que eu era paraplégica, e que com isso a circulação era prejudicada, fato da minha preocupação.



Aí ele me perguntou: ‘Está doendo?’ E eu respondi: ‘Não, eu sou paraplégica’. Ele pediu para eu tirar a sapatilha, pegou no meu pé e perguntou: ‘Dói quando eu encosto aqui?’ E eu novamente respondi: ‘Não, sou paraplégica e não tenho sensibilidade’.

Não satisfeito ele me receitou um anti-inflamatório e um tylenol para dor. Respirei fundo e já P... da vida falei: ‘EU SOU PARAPLÉGICA!’ E ele disse: ‘Ah sim, claro eu esqueci’. Ahhh que bom...


Duas semanas depois fui consultar com o médico que me acompanha e contei o que havia acontecido. Informei a ele o nome do remédio anti-inflamatório que havia tomado e ele me perguntou: ‘Para quê? Para dor?’ Eu ri, e perguntei: ‘Você está me tirando né? Pelo que te contei?’ Ele me respondeu: ‘Não, é que esse remédio que você tomou pode se dizer que é ‘um primo’ do tylenol, só que mais caro’. Nossa fiquei muito brava!



Era uma unha inflamada, mas se fosse alguma coisa mais grave? É inadmissível um médico cometer uma gafe dessas, até porque qualquer pessoa sem estudo algum sabe que um paciente diagnosticado com paraplegia, pior, um lesado medular, não tem sensibilidade, e se não tem estudo pelo menos ia ser mais atencioso, pois já tinha comunicado que a causa da minha preocupação era justamente essa. Lamentável.

Imagem ilustrativa tirada do site: http://tasabendo.com/home/2011/05/page/10/



Beijos

6 comentários:

  1. Ain Alana, tu e essas histórias, me desculpe mas tive que rir, ainda mais que já cometi a gafe de te perguntar se “estava doendo”, mas percebi na hora e nem sou médica né ¬¬ Infelizmente tem profissionais que parecem burros empacados, estão acostumados com os problemas costumeiros e quando tu cita um sintoma ele já te indica o mesmo medicamento que indica pra outras pessoas sem nem te examinar, mas o teu caso era diferente e ele foi incompetente.
    Ótimo post! Beeijos

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  2. Sim Nick, tem que rir para não chorar! Beijos

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  3. Paraplegia significa perda de força, parestesia significa perda de sensibilidade. Logo, se vc falou que era paraplégica possivelmente ele tenha associado à perda de força e não à perda de sensissibilidade. Talvez ele simplesmente não prestou atenção ou ainda estava "virado" de plantão.

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    1. Oi Willian a paraplegia, tal como a tetraplegia, é resultante de uma lesão medular traduz-se na perda de controle e sensibilidade dos membros inferiores, impossibilitando o andar. De fato como médico, ele deveria saber, mas enfim como você disse devia ter "virado" de plantão. Obrigada por sua opinião. :)

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  4. Isso mesmo Alana, além disso acho que a tua intenção foi mostrar a forma como alguns médicos lidam com os seus pacientes e o absurdo da falta de "atenção" deles, de forma alguma tu quer mostrar significado de palavras ou termos técnicos.

    Beijos

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    1. Obrigada pelo comentário Nick, até porque o termo técnico da palavra é o que já coloquei.

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